Cachorro pode ter dengue? Saiba mais!
Por Mariana de Castro Amancio , Médica Veterinária e Analista Técnico e Marketing Sênior de Animais de Companhia
21 de Fevereiro de 2024
21 de Fevereiro de 2024
O ano de 2024 trouxe consigo um desafio adicional para a saúde pública: o aumento significativo na taxa de humanos infectados por dengue. Essa preocupante tendência tem levado questionamento a vida dos tutores sobre os seus pets.
E alertado quanto a estratégias de prevenção e conscientização. Em todo o mundo, temos testemunhado um aumento alarmante nos casos de dengue em 2024.
A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos, como o Aedes Aegypti. Países tropicais e subtropicais, em particular aquelas com clima propício para a disseminação do mosquito Aedes Aegypti, têm sido as mais atingidas por essa epidemia.
Infelizmente, mesmo regiões onde a doença não era tão prevalente antes, estão enfrentando surtos inesperados.
Muito comum entre os humanos, mas será também para cães?
A dengue é associada aos seres humanos, e não afeta nossos amigos de quatro patas, assim como nós.
Os cães podem sim ser picados pelo mosquito infectado, porém não desenvolvem essa doença.
Porém sabemos que é crucial proteger seu pet contra mosquitos, afinal, o mosquito Aedes aegypti, não transmite a dengue, mas pode transmitir a dirofilariose.
A dirofilariose, também conhecida como doença do verme do coração, é uma condição séria que pode afetar os cães.
Ela é causada pelo parasita Dirofilaria immitis, que se aloja no coração, pulmões e vasos sanguíneos dos cães. Esses vermes são transmitidos através da picada de mosquitos infectados e, se não tratados, podem causar danos graves aos órgãos internos do animal.
Os gatos, embora possam ser parasitados, são mais resistentes à infecção
Os sintomas da dirofilariose podem variar, mas geralmente incluem:
Em estágios avançados, manifestações de insuficiência cardíaca direita, como ascite, congestão aguda do fígado e rins, hemoglobinúria e inclusive morte, podem acontecer.
Como os sinais podem ser sutis no início, é fundamental estar atento a qualquer mudanças no comportamento ou na saúde do seu cão e procurar orientação veterinária assim que possível.
Se você médico veterinário quer saber mais informações sobre a Dirofilarise confira o artigo: Dirofilariose: zoonose emergente negligenciada.
A melhor maneira de proteger seu cão contra a dirofilariose é a prevenção. Isso inclui o uso regular de vermífugos a base de ivermectina, prescritos pelo veterinário, que ajudam a prevenir a infecção por larvas de vermes do coração.
E coleiras que repelem o mosquito transmissor!
Além disso, é importante evitar áreas onde os mosquitos são abundantes e manter o ambiente limpo e livre de água parada, assim como fazemos com os mosquitos da dengue, pois esse ambiente serve como local de reprodução para esses insetos.
O diagnóstico da dirofilariose pode ser feito através do uso de kits rápidos dentro da clínica do médico veterinário, como o Kit Conclue Dirofilariose, onde através de exames de sangue específicos serão detectados a presença de antígenos do verme do coração.
Se o seu cão for diagnosticado com dirofilariose, o tratamento dependerá da gravidade da infecção, podendo incluir medicamentos para matar os vermes e medidas de suporte para aliviar os sintomas.
Embora a dengue não se desenvolva em cães, como ocorre nos humanos, é importante estar ciente sobre outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
Mantenha-se vigilante quanto aos sintomas, faça a prevenção e consulte sempre um veterinário se notar algo incomum no comportamento ou na saúde do seu cão. Com cuidados adequados e medidas preventivas, você pode ajudar a manter seu cão saudável e feliz, mesmo em áreas onde a dengue e a dirofilariose são uma preocupação.
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Até o próximo blog!
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